Este posicionamento foi assumido pela académica e educadora financeira, Nyanvura Maurício, na abertura da 2ª Edição da Feira de Empreendedorismo da UniLicungo na Beira. A oradora revelou que a falta de fóruns que promovam a educação financeira no país, projecta os jovens a fazerem o empreendedorismo com finalidade de preencherem as suas necessidades básicas familiares, no lugar de o fazer por oportunidades existentes.

Nyanvura falou na manhã de hoje, 06 de Outubro, em uma palestra que se realizou na Universidade Licungo, Campus da Ponta-gêa. Na ocasião, a oradora apontou a falta de uma educação financeira como uma das principais razões do insucesso do negócio dos jovens. De entre os jovens, a nossa fonte apontou para a mulher, como a figura mais vulnerável às adversidades do empreendedorismo, feito para “matar a fome”.

“As mulheres empreendem por necessidade e os homens não, eles empreendem por oportunidade, porque fazem um estudo, uma análise antes mesmo de começarem a empreender, diferente das mulheres que devem colocar a comida na mesa, cuidas dos seus filhos, mas elas devem parar de pensar dessa forma e agirem de forma diferente e perceberem que para ajudar os filhos devem aprender a se ajudarem e crescer”. Disse Maurício.

O evento organizado pela Faculdade de Economia e Gestão da UniLicungo, juntou para além de expositores de diversas instituições, estudantes, docentes e académicos oriundos de vários estabelecimentos de ensino superior e não só.

No final da sessão, a nossa reportagem ouviu a estudante, Tereza Maria Tomo, que frequenta o 3° ano do curso de Gestão de Recursos Humanos na mesma universidade, sobre o evento, ao que afirmou ter sido motivada após a palestra para ingressar no mundo de empreendedorismo para alcançar a liberdade financeira.

“Eu percebi que perdi muito por ter chegado tarde e antes davam palestras na universidade mas eu não me importava, e hoje decidi aparecer. Agora consigo me imaginar como uma empreendedora e pretendo empreender porque a palestra me ajudou bastante. Tanto tempo eu já pensava em empreender mas sempre que tivesse um valor para começar, eu gastava e por vezes imprevistos e acabava por não empreender e a motivação saia dentro de mim. Mas hoje estou determinada a começar a empreender” Disse Tomo.

Já no caso da Lina Zunguza, que já é empreendedora há 2 anos no mercado, considerou o aprendizado num olhar diferente da Tereza Tomo. Para a Lina, o que não chamou a atenção foi a visão financeira do seu empreendimento, algo que não praticou antes.

“O que hei-de começar a praticar é sobre a visão financeira do meu empreendimento, porque é uma das coisas que eu não pratico desde que comecei a empreender até hoje que estou a 2 anos já no mercado. Mas depois da palestra descobri que é necessário e irei colocar em prática como forma de manter o meu empreendimento” Comentou Zunguza.

Ainda, Zunguza apelou aos jovens que não são empreendedores “Jovens vamos empreender. E para isso é necessário coragem, força e vontade o suficiente para alcançar sua liberdade financeira o que não é fácil. E assim que começarem a empreender aprendam a fazer uma boa gestão das suas finanças, porque não basta somente empreender, mas também como manter o empreendimento.”

Sob o lema “fazer do empreendedorismo uma força motriz para a sustentabilidade e criação de projectos para o desenvolvimento das comunidades” a feira juntou mais de 70 expositores que é um número maior em relação ao número dos expositores que se fizeram presentes na 1° feira de empreendedorismo.

Texto: Maria Maida João Manuel

Fotos: DCCI

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